O Full Time Equivalent (FTE) é um método para a comparação dos níveis de envolvimento de cada colaborador da empresa, mesmo que eles possuam cargas horárias distintas.
Sabemos que a carga diária de um profissional nem sempre é totalmente gasta em atividades produtivas.
Há pausas para cafezinho, reuniões, idas ao banheiro etc.
Essa rotina é normal e faz parte de qualquer ambiente de trabalho.
E ela ajuda a melhorar a qualidade do clima organizacional, ajudando a empresa a sair na frente em relação ao tratamento com os funcionários.
Mas qual a ligação do FTE com essa situação? O FTE é o número de horas úteis que, em média, os profissionais se dedicam às suas atividades por mês.
Esse conceito pode ser levado em consideração também para comparar a produtividade entre os funcionários que atuam meio período e os que trabalharam oito horas diárias.
E existem várias razões para calcular o Full Time Equivalent!
Entre elas, podemos citar que o indicador pode ser utilizado para prever a necessidade de contratações sazonais, auxiliar nas decisões para cortes de pessoal, avaliar aspectos relacionados à infraestrutura da empresa e, ainda, reduzir custos no RH.
A otimização da alocação da força de trabalho de uma instituição é fundamental para atingir níveis satisfatórios de produtividade, custos e competitividade além de promover a redução do turnover.
O Full Time Equivalent propicia maior conhecimento em relação às atividades estratégicas da empresa e à identificação das necessidades e capacidades da instituição.
E ele permite a alocação dos colaboradores conforme seus perfis, diminuindo os índices de insatisfação e improdutividade.
Os gestores de projetos também usam o FTE para converter o valor das horas trabalhadas por profissionais que atuam em meio período em números condizentes aos obtidos com os colaboradores que exercem a carga diária completa.
Assim, a estimativa do custo da força de trabalho ajuda a entender se a empresa pode fazer novas contratações.
Basicamente, você pode aplicar o FTE para analisar as operações da sua empresa e compará-las com os números de outras empresas.
Esse cálculo é extremamente útil para entender a produtividade do seu time e aplicar ações para aumentar o engajamento.
Além disso, o FTE também ajuda a mensurar e determinar metas.
Ao entender quais são os índices de outra corporação, por exemplo, e usar essa mesma métrica na sua empresa, fica mais fácil determinar um objetivo alcançável, porém desafiador para os funcionários.
O uso do Full Time Equivalent torna os resultados mais coesos, já que a força de trabalho de uma empresa ou atividade pode ser somada e expressada de acordo com seus indicadores.
No contexto empresarial, a unidade FTE serve para direcionar as ações da empresa, automatizando a gestão de recursos humanos e permitindo a identificação do quantitativo de pessoal necessário para atender às demandas institucionais.
Além disso, o FTE fornece os subsídios necessários para futuras contratações.
Com esses números em mãos, o gestor tem como avaliar a necessidade de uma próxima contratação. Além do retorno que ela vai trazer em termos de produtividade.
Ou pode perceber, ainda, se é necessário fazer adaptações nas cargas horárias ou na rotina de trabalho para otimizar processos.
Inicialmente, a empresa deve determinar o número de colaboradores em tempo integral.
Alguns aspectos devem ser levados em consideração para que esse cálculo seja realizado corretamente, como:
O cálculo do Full Time Equivalent é obtido através da soma da jornada normal de trabalho (horas contratadas) dos colaboradores em tempo integral e parcial em uma semana, dividida pela carga horária total semanal.
Por exemplo, um colaborador em tempo parcial, que trabalha 20 horas semanais numa empresa onde o tempo inteiro é de 40 horas, é contado como 0,5 FTE, enquanto um trabalhador integral é contado como 1,0 FTE. Ou seja:
FTE = total de horas contratadas do total dos empregados (integrais e parciais) por semana/40
Vamos listar aqui alguns casos em que o FTE vai ser útil para a empresa, ajudando a administrar funcionários:
Uma das aplicações mais conhecidas do FTE é a projeção de custos de um novo funcionário.
Para fazer esse cálculo, você pode levar em consideração os seguintes fatores:
Dependendo do tamanho e da atuação da empresa, os custos de um processo de recrutamento e seleção podem ser bem altos.
E esses custos devem ser incluídos para prever as despesas de uma nova contratação.
Manter o equilíbrio salarial é importante não só para a saúde financeira da empresa, mas também para os relacionamentos internos e o clima organizacional.
Lembre-se, na hora de fechar as novas contratações, de manter um FTE próximo com outros funcionários que exercem a mesma função para evitar problemas internos.
Os benefícios pagos aos colaboradores devem ser levados em consideração na hora de calcular o valor do custo de um novo funcionário.
E, além dos benefícios, os impostos pagos ao governo graças à contratação em regime CLT também não podem ser ignorados.
Quais serão os gastos com computadores, uniforme, ferramentas, mobiliário e tudo o que acarreta a criação de um novo posto de trabalho na empresa?
Esses gastos não podem ser esquecidos ao considerar a aquisição de novas pessoas.
Uma tendência crescente em países europeus é a contratação de profissionais para cargas diárias de 6 horas.
Algumas teorias defendem que não há redução no número de horas efetivamente trabalhadas, já que o funcionário tem uma qualidade de vida melhor e consegue produzir mais enquanto está na empresa.
Para tirar a dúvida, você pode usar o FTE.
A conversão para essa métrica ajuda a entender a produtividade do trabalhador integral e a do trabalhador de meio período, calculando inclusive o impacto financeiro desses dois regimes de atuação.
Ao usar essa métrica, o gestor consegue entender o que é mais vantajoso para a empresa e decidir qual a carga horária mais interessante para a sua organização, levando em consideração os custos e o alcance das metas.
Quando há necessidade de implantação de um novo projeto, alguns gestores podem ficar em dúvida se devem aproveitar os funcionários internos ou terceirizar o trabalho.
Muitos consideram que ocupar os profissionais já contratados é a melhor solução, afinal eles já são pagos para trabalhar para a empresa.
Porém, essa mentalidade é um pouco equivocada.
Devemos considerar que, quando há realização de atividades fora da rotina, isso exige dos funcionários uma readaptação.
Para chegar a uma equação que indique bem o custo/benefício da empresa, basta aplicar o FTE.
Cada vez mais, as empresas precisam de estudos, indicadores e metodologias para otimizar a gestão de recursos humanos.
Neste sentido, o Full Time Equivalent é uma importante forma de mensuração, que se assemelha ao ROI (Retorno sobre investimento).
Portanto, deve ser utilizado como ferramenta estratégica para uma gestão qualitativa, impactando positivamente os resultados da sua empresa.
Usar o FTE vai ajudar a entender quais são os gastos da organização relacionados à contratação e à manutenção de colaboradores.
E você, como acha que pode aplicar o FTE na sua empresa? Acredita que o uso dessa métrica pode ajudar na gestão de pessoas? Para mais informações, siga os nossos perfis no Facebook e LinkedIn.
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