A área de RH é uma das que mais mudou nas últimas décadas — de um setor estritamente operacional para outro estratégico e repleto de novas tecnologias, hoje convenientemente chamado de RH 3.0.
Todavia, ainda há muitas dúvidas sobre o assunto. Como aconteceu essa evolução, qual a importância de implementar o RH 3.0 na empresa e quais os primeiros passos para que isso seja feito? Ao entendê-las, é possível também evoluir.
Sabemos da importância desse tema e, por isso, criamos um guia para você. Com ele, vai descobrir mais sobre o novo RH, além de entender como implementá-lo na organização. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
A evolução do setor de Recursos Humanos
Em primeiro lugar, é preciso entender como ocorreu a mudança do RH. A princípio os profissionais eram vistos como ferramentas de trabalho, por isso questões como qualidade de vida, motivação ou satisfação eram pouco interessantes.
O RH 1.0 (então chamado de DP) era um setor que se preocupava apenas com questões operacionais da relação empregado-empregador, garantindo sua regularidade. Questões como cálculo trabalhista, contratação, rescisão, férias eram o foco, nada além disso. O “problema” é que o mercado mudou!
De modo geral, os clientes ficaram mais exigentes, a concorrência acirrada e o macroambiente competitivo, tornando-se necessário ter profissionais mais engajados e comprometidos com a causa da firma. Então surgiu o RH 2.0, estratégico e focado na atração, retenção e motivação de talentos.
Contudo, novas mudanças surgiram. Hoje é possível falar na quarta revolução industrial, ascensão de inteligência artificial e automação — substituição do trabalho manual pelo de máquinas — nas empresas e no setor público.
Inclusive, se você quiser aprender mais sobre a automatização do R&S, se inscreva gratuitamente no Mini Curso por e-mail sobre Automatização do R&S.
Mini Curso por E-mail de Automatização do RH
O contexto possibilitou o advento de um novo RH, muito mais digital, o 3.0. Novas soluções, como automação da triagem de candidatos, sistemas de seleção e People Analytics surgiram. Para se ter ideia, 56% das empresas já redesenham seus processos de RH para aproveitar ferramentas digitais, segundo a Deloitte.
O conceito de RH 3.0 nas empresas
Como se pode observar, a modernidade é cada vez maior na gestão do capital humano. Pode-se contar com uma diversidade de tecnologias para entender melhor os profissionais, assim como conduzi-los com maior eficiência.
De modo simples, o RH 3.0 é aquele que está inserido na era digital e que usa as ferramentas tecnológicas a seu favor. Assim, é possível falar na otimização dos diversos processos de recursos humanos, tais como: recrutamento, seleção, avaliação, treinamento e desenvolvimento dos profissionais empregados.
Estima-se que, apenas no Brasil, 82% dos empregadores considerem o RH digital “importante” ou “muito importante”, número extremamente elevado.
Contudo, é importante destacar que o RH 1.0 e 2.0 não foram esquecidos, afinal são partes indissolúveis das organizações. Significa, no entanto, que eles foram aprimorados, desenvolveram novas competências para gerir o capital humano e entregar resultados mais favoráveis à organização.
Os primeiros passos para arquitetar o RH 3.0
Para construir o RH 3.0 não basta inserir novas tecnologias, também é preciso construir uma cultura que valorize os dados obtidos e promova melhorias contínuas. Além disso, deve-se contar com profissionais que se comprometam em evoluir e aprender mais sobre tecnologias em RH. Confira:
Faça um upgrade das atuais ferramentas
Existem muitas ferramentas obsoletas que ainda são usadas na gestão de pessoas, como fichas impressas para requisição de pessoal. É preciso fazer um upgrade, isto é, modernizar as atuais práticas e garantir a adequação à era digital.
Deve-se começar pelo recrutamento e seleção de candidatos. Use um moderno software de RH para fazer requisição de pessoal, abrir vagas, anunciar ofertas de emprego e centralizar a comunicação com os candidatos. Logo, será possível obter mais fluidez na contratação, bem como potencializar os resultados obtidos.
Aproxime-se de outros setores da empresa
No RH 3.0, é grande a convergência entre o RH e outros setores da empresa. É possível se unir com o setor de marketing, por exemplo, para construir estratégias de endomarketing, employer branding e comunicação interna.
Para a transformação digital, é importante estar mais próximo do TI da empresa. Aproveite os talentos desse setor para tirar eventuais dúvidas, ficar por dentro das novidades e adquirir tecnologias que de fato otimizem a gestão de pessoas.
Aprenda a trabalhar com os dados obtidos
Com a implementação de ferramentas adequadas, há diversos dados que podem ser coletados com facilidade pelo RH. É possível citar: o número de vagas fechadas no prazo, candidatos que participaram da seleção, evasão de funcionários recém-contratados etc.
A tecnologia também ajuda no monitoramento da movimentação dos funcionários, o que pode ser essencial para identificar gargalos no processo produtivo dentro do seu negócio.
Somente dados não oferecem nenhum diferencial à empresa, muito menos ajudam a construir o RH 3.0. Todavia, quando estruturados, tornam-se informações preciosas, subsidiam uma visão holística da gestão de pessoas e permitem a tomada de decisões mais assertivas, beneficiando todo o empreendimento.
Redefina o propósito de atuação
O senso de atuação de uma empresa ganha cada vez mais importância. De acordo com pesquisa da PWC, organizações que possuem verdadeiros propósitos são 5.3 vezes mais eficazes em reter profissionais da geração Millennials.
Na atual era digital, é possível construir um propósito muito mais massivo, sem deixar de ser realista e autêntico. É preciso aproveitar essa oportunidade para inspirar os atuais e futuros colaboradores, motivando-os e fidelizando-os.
O profissional de RH 3.0
É preciso destacar que essa transição também demanda profissionais atualizados, que estejam por dentro das novas práticas e tecnologias de gestão de pessoas. Logo, é preciso encontrar e contratar gente com know-how adequado.
Mesmo os profissionais recém-formados carecem de conhecimento sobre as novas ferramentas de gestão de pessoas, afinal pouco do assunto é estudado nas universidades. Por essa razão, é recomendado buscar conhecimento em cursos complementares, palestras ou workshops mais inovadores.
Com profissionais competentes e por dentro das novidades em gestão de pessoas, será possível formular um time 3.0 para o RH, facilitando assim a aquisição de novas tecnologias, aplicação de novos métodos e modernização do setor.
Como se pode observar, há muita diferença entre o RH 1.0, 2.0 e 3.0. É preciso estar atento para acompanhar a evolução desse setor, garantindo que as melhores ferramentas sejam usadas na gestão de pessoas. Os resultados serão traduzidos no aumento de competitividade, otimização de processos, lucratividade e longevidade da empresa.
Gostou do conteúdo? Aproveite para deixar seu comentário. Compartilhe suas principais dúvidas, sugestões ou experiências sobre o assunto!