A alta taxa de absenteísmo é um problema que pode custar caro às empresas. Por esse motivo, o gestor precisa entender o que a causa e quais problemas estão relacionados a ela, para saber reduzir esse índice (ou até zerá-lo) de forma assertiva e sustentável.
Contudo, infelizmente falta preparo. Muitos gestores estão focados nas rotinas do departamento pessoal e deixam a gestão estratégica de pessoas em segundo plano. Além disso, vários não sabem como calcular o absenteísmo e avaliar se o nível atual é ou não aceitável.
Você enfrenta esse problema dentro da sua empresa? Então, continue esta leitura! Vamos explicar exatamente o que é absenteísmo, quais são as suas causas e como calculá-lo.
Afinal de contas, o que a taxa de absenteísmo?
No contexto dos negócios e ao contrário do turnover, o termo “absenteísmo” diz respeito à ausência dos profissionais no trabalho, tanto por atrasos quanto por faltas. Nesse sentido, o colaborador absenteísta é aquele que não é assíduo, que se atrasa com recorrência ou acumula faltas.
A taxa de absenteísmo, todavia, tem um significado diferente: corresponde ao percentual das faltas ou atrasos ao longo de certo período de tempo, seja de um colaborador apenas, seja de toda a equipe de trabalho. Assim, é preciso ter muita atenção a essa taxa, pois ela pode dizer bastante sobre o funcionário ou a empresa.
No geral, baixos índices representam equipes mais presentes. Se um empregado falta muito, isso é sinal de que ele não é apto para ser parte do time, ou de que está passando por uma situação difícil. O gestor deve investigar o que está ocorrendo. Contudo, se a recorrência das faltas e atrasos é comum a todo o time, significa que há algo de errado dentro da empresa. Nesse caso, o administrador precisa repensar suas políticas de gestão de pessoas, a qualidade do ambiente de trabalho e outros determinantes.
De todo modo, o objetivo é sempre contar com profissionais e times assíduos, que cumpram os horários estabelecidos e não faltem sem boas justificativas. Dessa forma, a força de trabalho será superior, beneficiando (nos diferentes níveis e áreas) toda a organização.
O absenteísmo é uma das principais métricas da área de gente e gestão. Para te ajudar a calcular e a acompanhar, baixe a nossa apresentação mensal de indicadores de RH.
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Como calcular a taxa de absenteísmo
É relativamente simples calcular a taxa de absenteísmo, mas é preciso que o gestor tenha um ótimo controle do número de faltas e atrasos dos funcionários dentro de certo período. Esse controle pode ser feito com a ajuda de sistemas de ponto e jornada de trabalho.
Em resumo, a taxa é identificada ao se relacionar o total de horas não trabalhadas com o total de horas efetivamente trabalhadas. Confira a fórmula:
Absenteísmo (%) = horas não trabalhadas / horas efetivamente trabalhadas x 100
Para que isso fique mais claro, imagine um funcionário que faltou dois dias de trabalho (isto é, 16 horas) no mês de Janeiro. Ele deveria ter trabalhado 176 horas ao longo do mês, mas, por conta das faltas, trabalhou só 160 horas. Assim, ao usarmos a fórmula descrita, temos uma taxa de 10% de absenteísmo. Em outros termos, 1/10 do trabalho foi totalmente perdido.
Agora, qual é o percentual ideal de absenteísmo? A verdade é que não há um número certo; isso varia de acordo com cada empresa. Algumas são mais flexíveis que outras, portanto, é preciso que esse assunto seja debatido internamente.
Dados da Associação Brasileira de Controle da Qualidade (ABCQ), no entanto, indicam que um nível aceitável gira em torno de 1,5%. Em outras palavras, as faltas e atrasos precisam ser bastante pontuais. Caso aconteçam de forma recorrente, como vimos, elas sinalizam que algo está errado.
Quais são as principais causas do absenteísmo?
Há muitas razões pelas quais os colaboradores faltam ou se atrasam. Pode ser por conta de um imprevisto familiar, um problema de saúde ou até uma indisposição corriqueira. No entanto, quando esse absenteísmo é frequente e generalizado, fica mais fácil enxergar certos padrões e encontrar a causa do problema.
Nessas ocasiões, o empecilho costuma estar dentro da empresa, relacionado à falta de políticas e estratégias de gestão de pessoas e, até mesmo, de recrutamento e seleção.
Falta de bem-estar no trabalho
A ausência de um ambiente que ofereça bem-estar é um grande problema. Muitas firmas têm um clima tóxico, sem qualquer qualidade de vida, e isso certamente influencia os baixos níveis de assiduidade.
Para avaliar se esse é o seu caso, é interessante realizar algumas pesquisas. Mensurar o nível de satisfação dos profissionais e avaliar a qualidade do clima organizacional podem ser ótimos começos. Para isso, técnicas simples, como o Employee Net Promoter Score, podem ajudar.
Ausência de programas de incentivo
Muitos funcionários parecem depender de estímulos extras para que cumpram suas tarefas diárias com êxito. Por vezes, é isso que falta para que o time seja mais assíduo em suas funções e a taxa de absenteísmo seja reduzida, ou mesmo zerada.
Nesse cenário, é preciso criar programas de incentivo. Estabeleça, por exemplo, premiações financeiras ou bonificações para funcionários que tiverem os melhores níveis de assiduidade ao longo de certo período. Assim, além de reconhecer, você estimulará os talentos mais comprometidos.
Dificuldades com locomoção
Infelizmente, nem todos os funcionários moram próximos da empresa. Em algumas cidades, o percurso de casa para o trabalho pode demorar horas — sem contar os atrasos do transporte e outros imprevistos. Logo, a dificuldade de locomoção deve ser considerada aqui.
Quanto a isso, é interessante que o gestor forneça apoio para facilitar a vida dos empregados que moram mais longe e não querem se atrasar o trabalho. O recurso mais comum é fretar um ônibus ou van para buscar e levar os colaboradores, em dias e horários específicos.
Problemas do funcionário
Agora, quando o absenteísmo é mais pontual e nada tem a ver com as políticas de RH da empresa, provavelmente é o funcionário que não está se encaixando bem no quadro de trabalho. Assim, o mais recomendado é oferecer a ele um feedback franco e tentar entender o que tem ocorrido.
Seja como for, é inaceitável que a empresa sustente altos níveis de absenteísmo por muito tempo. Afinal, como vimos, isso gera prejuízos financeiros, reduz a força de trabalho e minimiza a competitividade do negócio. Quanto maior for o absenteísmo, mais provável é o insucesso da empresa — por isso, não hesite em combatê-lo!
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