Os encargos trabalhistas e os benefícios oferecidos têm impacto direto nos custos de um colaborador para a empresa. Essa oneração da folha de pagamento pode chegar a 80% do salário bruto do empregado. Sendo assim, entender o custo de um funcionário afeta diretamente os resultados de um negócio.
O que incluir no custo de um funcionário?
Para usar essa métrica com sabedoria e de forma eficiente não basta saber qual o valor do salário de cada funcionário. Além dessa quantia, devem ser incluídas as taxas, os encargos e todas as outras obrigações do regime de CLT. Benefícios concedidos também entram na conta.
Em análises aprofundadas, podem ser acrescentadas as despesas com treinamentos e adaptação, por exemplo.
A quantidade de impostos cobrados costuma variar de acordo com o regime tributário em que a empresa se insere. Normalmente, os adeptos do Simples Nacional têm taxas menores que quem utiliza o lucro real ou lucro presumido. Se necessitar de ajuda, peça para o contador da empresa montar uma planilha personalizada.
De forma geral, as taxas são:
- 8% de FGTS;
- 8% do valor anual de FGTS;
- Férias + 1/3 (proporcional);
- 13º salário (proporcional);
- Vale transporte;
- Vale alimentação;
- Outros benefícios.
Por exemplo, para um salário de R$ 1000 também será pago:
R$ 80 (FGTS), R$ 186,87 (FGTS anual), R$111,1 (férias + 1/3 proporcional), R$83,33 (13º proporcional), R$80 (vale transporte – R$ 4/dia) e R$200 (vale alimentação – R$10/dia).
Ou seja, nessa situação, o total gasto com o funcionário foi de R$1741,30 ao mês, representando 170% do valor do salário bruto.
Transformando o custo em métrica
A soma de todos esses valores pode ser mensurada de forma mensal, anual (somatória de todos os valores gastos com um funcionário por ano) e por hora, dividindo-se o montante mensal pelo número de horas trabalhadas.
Assim fica muito mais fácil descobrir o gasto real da empresa com folha de pagamentos. Durante um projeto, por exemplo, basta descobrir quanto tempo o funcionário dedicou a ele, multiplicar pelo custo da hora e pronto: a precificação pode ser feita de uma forma mais correta e lucrativa.
Impactos no departamento e na empresa
Todo negócio precisa de uma boa análise de custos para crescer, já que cada centavo gasto precisa ser compensado ao executar os serviços. Por isso, o ideal é calcular a despesa com os colaboradores até mesmo antes de abrir o empreendimento, pois se eles não forem levados em consideração, podem trazer resultados ruins à empresa.
Ter o custo apurado também ajuda a cumprir metas. Por exemplo, se o setor de recursos humanos e o departamento de pessoal tiverem como objetivo reduzir o montante utilizado em folha de pagamento, podem cortar funcionários cujos custos não são justificados pela produtividade, tendo métricas como base.
Como melhorar este indicador?
Existe uma grande dificuldade em melhorar o indicador de custo de funcionários, já que os salários não podem ser reduzidos e quem decide sobre os impostos cobrados é o Governo. Porém, algumas alternativas podem deixar a folha de pagamento mais barata. Confira:
- Eliminação de riscos no ambiente da empresa que justifiquem adicional de periculosidade e insalubridade;
- Dar preferência a funcionários mais produtivos;
- Investir no desenvolvimento dos talentos;
- Utilizar o sistema de banco de horas para evitar o pagamento de horas extras.
Apesar de ter um custo elevado, os colaboradores são o maior ativo de uma empresa. Isso significa que seu conhecimento deve ser considerado ao calcular o custo de um funcionário. Afinal, não há nada de errado em pagar bem para ter um serviço feito, desde que ele seja o melhor disponível.
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