O profissional de gente e gestão desempenha um papel muito importante para a empresa, estando em envolvimento com uma série de atividades imprescindíveis para promover uma série de atividades e benefícios para o ambiente de trabalho.
Neste post você vai aprender o que é e quais são as responsabilidades e atribuição de um profissional que atue na área de gente e gestão.
Não se gerencia pessoas, gerencia-se com pessoas. A diferença pode até ser sutil no papel, mas na prática não é. Por essa razão, nas empresas mais modernas, o termo “profissional de RH” está sendo substituído por “profissional de gente e gestão”.
A distribuidora Ambev é um bom exemplo disso. Agora, seu setor de RH é de “Gente e Gestão”, e essa cultura de valorização às pessoas está permeando cada área e nível do empreendimento. A questão é: quais são as principais diferenças? O que um profissional dessa área faz?
Sendo assim, reunimos tudo o que é necessário saber sobre o assunto. Neste post, você vai entender o que é e o que faz o profissional de gente e gestão nas empresas, quais são os principais indicadores de desempenho e como se destacar nessa área. Continue a leitura para entender!
O que é a área de gente e gestão e qual é o papel dela na empresa?
A gestão de recursos humanos sofreu diversas modificações nos últimos tempos. Passou a operar com um maior dinamismo e também a incorporar valores da sociedade atual. Assim, modelos construídos já há muitas décadas foram sendo continuamente transformados, trazendo uma nova mentalidade para a relação entre colaboradores e as empresas.
A nova forma de pensar e agir dos recursos humanos agrega questões como sustentabilidade, liderança, qualidade de vida dos profissionais e promoção de melhores condições laborais. A proposta é a criação de um ambiente propício para a produtividade e a manutenção de relações de trabalho positivas.
Nesse contexto, o desempenho passa a ser avaliado de forma contínua, além de haver uma política de aprendizado constante. A proposta é reciclar conhecimentos, investir em criatividade e em soluções sustentáveis.
As corporações são dotadas de mais horizontalidade. O papel dos gestores e colaboradores vai além dos negócios. Relações interpessoais, colaboratividade e trabalho em equipe são elementos que compõem o cenário das empresas.
Com essa nova dinâmica, o RH precisou se atualizar, investir em buscar conhecimentos e propor novos aspectos para o trabalho, como flexibilidade e colaboratividade. O nome “gente e gestão” é uma denominação recente para o departamento, trazendo à tona a incorporação de novos valores e pressupostos.
O que é o profissional de gente e gestão?
Para o sucesso da empresa, é preciso contar com pessoas talentosas — gerentes, analistas e operários — nos lugares certos. Nesse contexto, um dos integrantes mais importantes, responsável pela relação empregado-empregador, é o profissional de RH.
No entanto, há tempos o significado da sigla que se refere ao RH vem mudando, assim como a nomenclatura da profissão. A princípio, o setor era chamado de Departamento Pessoal (DP), depois foi chamado de ARH (Administração de Recursos Humanos), depois RH (Recursos Humanos) e, hoje, G&G (Gente & Gestão).
Por essa razão, é certo dizer que o profissional de gente e gestão é o mesmo profissional de Recursos Humanos, porém, provido de uma visão mais estratégica da liderança de pessoas. Hoje, sabe-se que é preciso conduzir os talentos visando ao alcance de resultados específicos, empregando táticas inovadoras para o sucesso.
O profissional de gente e gestão deve maximizar o fator humano na empresa, sem perder de vista a preocupação com a eficiência operacional. Portanto, deve apresentar competências técnicas e comportamentais específicas, conforme veremos.
O que faz o profissional de gente e gestão na empresa?
O termo “profissional de gente e gestão” é genérico, então é difícil especificar suas atividades. Para fins de comparação, pense no profissional de vendas, que, além de vendedor, pode ser analista, gerente, supervisor ou mesmo faturista — todos são profissionais de vendas.
Do mesmo modo, o profissional de gente e gestão tem muitas ramificações. Para facilitar o entendimento, vamos ramificar essa carreira em duas principais categorias: o nível estratégico-gerencial e o nível operacional.
No primeiro nível estão os profissionais que cuidam de questões mais genéricas ligadas à liderança das pessoas, geralmente com impacto no longo prazo. Podemos citar, por exemplo, diretores e gerentes de gente & gestão. Eles criam, aprovam e gerenciam políticas de liderança de pessoas e os processos mais importantes para o departamento.
No segundo nível estão os profissionais que fazem a gestão de pessoas na prática. São recrutadores, selecionadores, treinadores, analistas e assistentes de gente e gestão, todos eles cruciais para o funcionamento do setor, sendo que, sem eles, pouco seria feito. Por essa razão, também precisam ser valorizados e estimulados no trabalho.
Em geral, os profissionais de gente e gestão lidam com tarefas como:
- recrutamento e seleção;
- treinamento e desenvolvimento;
- acompanhamento de indicadores de desempenho;
- definição de objetivos e metas para o setor;
- formação de equipes de sucesso;
- integração de novos talentos;
- políticas de saúde e segurança no trabalho.
Continue acompanhando, pois vamos explicar melhor essas atribuições a seguir!
Quais são as atribuições do profissional de gente e gestão?
O profissional de gente e gestão desempenha um papel muito importante para a empresa. Ele está envolvido em uma série de atividades imprescindíveis para o alcance de metas e para a promoção do sucesso corporativo.
Veja, a seguir, quais são as atribuições desse importante membro da organização!
- Acompanhamento de indicadores
- Atuação na formação das equipes
- Realização do Onboarding
- Implantação de políticas de saúde e segurança
- Planejamento do treinamento e desenvolvimento
- Estabelecimento de práticas de Recrutamento e Seleção
- Avaliação e promoção de medidas de melhoria do clima organizacional
Acompanhamento de indicadores
Os indicadores de desempenho são ferramentas importantes para monitorar a performance na empresa, ajudando a mensurar as variáveis envolvidas e facilitando o controle e o acompanhamento dos processos. Eles orientam os feedbacks e auxiliam na identificação de lacunas para desenvolver melhorias.
O profissional de gente e gestão utiliza os indicadores para embasar ações, planejamentos e estratégias. A proposta é realizar um acompanhamento contínuo de performance, verificando se os colaboradores estão alcançando as metas e fazendo adaptações para gerar melhores resultados. Quando os objetivos não são atingidos, ele busca criar propostas em conjunto para promover melhorias no trabalho.
Atuação na formação das equipes
O profissional de gente e gestão precisa desenvolver equipes produtivas, cooperativas e que tenham sinergia. Para isso, ele deve avaliar os perfis dos colaboradores e posicioná-los de acordo com suas capacidades.
Potencialidades podem ser associadas às dificuldades, de forma que haja complementaridade entre os membros do time. Assim, algum aspecto que colaborador não domina tão bem pode ser otimizado por outro trabalhador que entende do tema, resultando em aprendizado e crescimento para todos.
Atuar na formação dos grupos de trabalho é uma tarefa complexa, demandando um bom conhecimento das características dos funcionários a fim de montar equipes que resultem em boa performance e boas relações profissionais.
Realização do onboarding
O onboarding é o processo de integrar os colaboradores novatos na organização. Envolve treinamentos e eventos que ajudam os recém-contratados a se adaptarem à empresa.
O profissional de gente e gestão deve realizar atividades que colaborem para a integração dos novatos com a equipe, apresentando as áreas da corporação e destacando as que têm uma interação direta com o cliente.
No onboarding, ele também apresenta a cultura organizacional da empresa, colaborando para a imersão do novo empregado, além de promover capacitações para a transmissão de conhecimentos técnicos, rotinas, regulamentos e políticas.
Além disso, é o profissional de gente e gestão que faz o acompanhamento dos recém-contratados ao longo do tempo para verificar a adaptação deles à cultura. Os feedbacks e as avaliações de desempenho são parte desse monitoramento.
Implantação de políticas de saúde e segurança
A Saúde ocupacional e a segurança do trabalho são assuntos muito sérios em uma empresa. Por isso, o profissional de gente e gestão deve trabalhar com foco na prevenção, minimizando riscos e criando condições favoráveis para a promoção da qualidade de vida.
Medidas de educação em saúde e de prevenção de acidentes de trabalho são fundamentais para um clima positivo na empresa. Por exemplo, ginástica laboral, exercícios em grupo, momentos de descontração e respeito aos horários de pausa são alguns fatores importantes que o profissional de gente e gestão deve acompanhar.
Planejamento do treinamento e do desenvolvimento
Os processos de educação corporativa são decisivos para a maximização da qualidade dos produtos e serviços e também para o aprimoramento contínuo. Uma equipe que realiza a reciclagem de conhecimentos e se renova continuamente, ampliando o arsenal de saberes, tem muito mais chance de sucesso.
Assim, o profissional de gente e gestão tem um papel fundamental na sustentação de uma cultura de aprendizado constante. Por meio de capacitações e treinamentos, a equipe pode aprimorar habilidades e conhecer novas alternativas para o enfrentamento de desafios.
Estabelecimento de práticas de recrutamento e seleção
Recrutamento e seleção são processos essenciais para a montagem de equipes de alta performance. Nesse sentido, o profissional de gente e gestão tem o papel de organizar boas práticas para contratar pessoas que se adaptem bem à cultura corporativa e que tenham as competências necessárias para o cargo.
Há uma série de medidas para ter sucesso no recrutamento e na seleção, como é o caso do uso da tecnologia. O mercado conta com modernos softwares para tornar sua seleção mais inteligente e precisa.
Avaliação e promoção de medidas de melhoria do clima organizacional
O clima organizacional influencia bastante a produtividade e a qualidade do trabalho. Por exemplo, conflitos, atritos e lideranças ineficientes podem gerar insegurança e dificuldades na rotina.
Os desentendimentos são naturais no ambiente de trabalho, mas devem ser gerenciados com maturidade, cooperação e diálogo. Dessa forma, conversar com a equipe sobre as dificuldades que ela enfrenta no dia a dia é fundamental para garantir o bom andamento dos processos.
Quais são as aptidões para atuar na área de gente e gestão?
O profissional de gente e gestão deve ter um bom preparo e uma série de habilidades para atuar na área. Em outras palavras, deve ter um conjunto de competências técnicas e comportamentais que o permitam trabalhar bem e contribuir para o desenvolvimento humano e organizacional.
A primeira competência é o conhecimento técnico, isto é, a inteligência ligada aos processos de gente e gestão. Envolve, por exemplo, saber fazer o recrutamento e a avaliação de desempenho, levando em conta, por exemplo, o fit cultural. Tal competência é desenvolvida na graduação ou na pós-graduação, bem como em cursos e livros de RH.
O gosto por lidar com pessoas é outro critério inegociável, visto que todo o trabalho gira em torno delas. Profissionais que não se sentem bem ao criar conexões podem até apresentar um bom desempenho no início, mas, com o tempo, tornam-se realmente inadequados para o setor — mais impacientes, estressados e inflexíveis.
O compromisso com a melhoria contínua é outra competência essencial, pois o setor está passando por profundas mudanças, a exemplo da automação de vários processos. Por essa razão, o profissional de gente e gestão deve querer melhorar continuamente e adquirir novos conhecimentos e habilidades. Assim, ele pode se manter apto para o desempenho das tarefas e para se adaptar às novas demandas.
Existem outras aptidões para atuar na área, como a versatilidade, a integridade, o foco em resultados e o espírito de equipe. É fundamental que o profissional busque desenvolver essas habilidades e saiba aprender com as experiências do dia a dia, visto que o esforço contínuo de reflexão e aprimoramento são essenciais para o alcance de bons resultados.
Quais os principais indicadores de desempenho?
O profissional de gente e gestão deve acompanhar alguns indicadores-chave de desempenho, visando a liderar as pessoas com maior eficiência e maximizar os resultados da empresa. Alguns dos principais indicadores são:
Taxa de absenteísmo
O absenteísmo diz respeito às ausências dos colaboradores de uma organização, sejam elas justificadas ou não. O indicador considera absenteísmo inclusive os casos de licenças médicas e atrasos regulares.
Quando este indicador é elevado ele representa tanto perdas financeiras quanto quebra de produtividade para a empresa. Ele pode que o profissional perdeu o interesse e a motivação em atuar na organização ou que está passando por uma dificuldade maior, que influencia em sua rotina de trabalho.
Além de quantificar as perdas com o absenteísmo, o RH pode buscar soluções para controlar a sua ocorrência e reduzir os seus prejuízos.
Produtividade
Para se avaliar os níveis de produtividade de uma equipe ou de um colaborador são analisados pelo menos três variáveis, que são o tempo, os custos e a qualidade. Estas métricas são relacionadas com as metas de produção de forma a se mensurar o quanto aquele profissional ou time estão realmente produzindo.
A medição da produtividade permite analisar como estão se dando os processos de produção, avaliar se à retrabalho ou processos duplicados e identificar possibilidades de melhoria, entre outros resultados.
Turnover
O Turnover nada mais é do que o índice de rotatividade dos profissionais em uma empresa. Ele mede o volume e a frequência com que os colaboradores ingressam ou se afastam da empresa, pelos motivos mais variados.
O índice de Turnover é calculado dividindo o número de demissões pelo total de funcionários e multiplicando por 100. Um turnover elevado é sinal de problemas, que podem ser desde um ambiente organizacional ruim até problemas estruturais mais graves.
O Turnover é um dos indicadores de RH que exigem a mais imediata ação da empresa, caso esteja negativo. Ele tem influência direta nos processos da organização e afeta diretamente a produtividade.
Treinamento
Treinar e qualificar a sua força de trabalho é um importante investimento de qualquer empresa ou organização. Por isso esta prática precisa estar devidamente embasado, com metas e resultados mensuráveis.
Entre as formas de se medir se a política de treinamentos da empresa está obtendo bons resultados está a mensuração da produtividade dos colaboradores treinados.
Também é possível medir o retorno sobre o investimento em treinamento (ROI), que coloca frente a frente os gastos com treinamento e as melhorias obtidas em um processo específico.
Clima organizacional
Fundamental para a produtividade de qualquer empresa, o clima organizacional também pode (e deve) ser monitorado pelos profissionais de gestão de pessoas. O indicador mede a percepção dos colaboradores quanto ao seu ambiente de trabalho.
A forma mais comum se realizar a medição deste indicador é por meio de pesquisas de clima junto aos próprios colaboradores. Nesta consulta podem ser questionados aspectos que vão desde as condições físicas de trabalho, como a ergonomia, até questões salariais, passando pelo relacionamento com colegas e gestores.
Índice de retenção de talentos
Este indicador mostra se as políticas de retenção de talentos aplicadas pela empresa estão surtindo o efeito desejado. Ele pode mostrar por que os profissionais se sentem ou não engajados e motivados a atuar na empresa.
Também realizado por meio de pesquisa, este levantamento é mais eficiente quando é feito em cada área ou setor da empresa de forma isolada.
Com bons indicadores, o profissional de gente e gestão tem uma visão mais holística do que está acontecendo na empresa, podendo traçar bons planos e agir com foco no resultado desejado. Ou seja, fica mais fácil gerenciar os diversos recursos e, com o apoio dos outros profissionais, atingir as metas.
Por serem muitos indicadores, uma grande dúvida é: quais acompanhar? É preciso estabelecer um conjunto alinhado aos objetivos da empresa ou da área de gente e gestão. Por exemplo, se o intuito da empresa é conquistar mercado, bons indicadores serão: produtividade, assiduidade dos talentos e efetividade dos vendedores.
Agora você está por dentro do assunto e entende o que faz o profissional de gente e gestão, bem como as aptidões necessárias e os principais indicadores de desempenho. Essa nova visão do RH é essencial e contribui para tornar a empresa mais atraente para os talentos e produtiva e rentável para os investidores.
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