Síndrome de burnout: você sabe o que é e como identificá-la?

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O excesso de trabalho e de informações, aliado ao ritmo intenso de atividades que enfrentamos atualmente, tem gerado um novo problema: a síndrome de burnout. Muitas vezes confundida com a depressão, essa síndrome acomete pessoas que buscam a perfeição e a alta produtividade a ponto de corpo e mente ficarem esgotados.

No Brasil, cerca de 30% da população economicamente ativa sofre com o problema, inabilitando 96% dos afetados ao trabalho. Esse absenteísmo provoca uma queda de 4,5% no produto interno bruto (PIB) do país. Números alarmantes, não é mesmo?

A marca empregadora também é afetada, uma vez que aquele profissional representa a imagem da companhia. Para saber mais sobre marca empregadora, baixe o e-book gratuito que preparamos para você.

 

Para saber mais sobre a doença, sintomas e tratamento, continue lendo este post!

O que é síndrome de burnout?

O termo burnout é aplicado apenas ao ambiente de trabalho e foi criado pelo psicanalista americano Herbert Freudenberger em 1974, que identificou o problema. Trata-se de um esgotamento profissional, resultado da exposição a um estresse intenso e prolongado.

Como principais características, o profissional antes atento e dedicado começa a mostrar sinais de irritabilidade, falta de concentração, sensação de fracasso e desânimo.

O desempenho cai e, mesmo que a princípio os colegas mostrem solidariedade e procurem ajudar, com o tempo tendem a se incomodar com o comportamento da pessoa afetada. Por isso, a síndrome de burnout atrapalha também as relações no trabalho.

A síndrome acomete principalmente workaholics e pessoas que lidam com o público ou que estão expostas ao sofrimento humano, como bombeiros, enfermeiros, atendentes de telemarketing, bancários, executivos e jornalistas.

Como identificar o problema?

É comum, de vez em quando, sentir-se desvalorizado, ter dificuldades para sair da cama e enfrentar um dia de trabalho. Mas se alguns desses sintomas persistirem, é hora de procurar ajuda médica.

O primeiro problema, de esgotamento físico e mental, é provocado pela exposição excessiva e prolongada ao estresse. A partir daí, a pessoa começa a se sentir oprimida e incapaz de atender às demandas da empresa, perdendo a motivação que a levava a desempenhar um bom trabalho.

Energia e produtividade também são reduzidas, e alguns sintomas da síndrome de burnout podem ser percebidos fisicamente, como alterações no sono e apetite, queda da imunidade, dores de cabeça ou musculares, sensação constante de cansaço, isolamento, falta de pontualidade no trabalho e procrastinação.

Os 10 principais sinais de manifestação da síndrome de burnout são:

  1. pessimismo e crença de que as coisas não vão dar certo;
  2. cansaço físico e mental constantes;
  3. falta de vontade de participar de eventos sociais ou de estar entre pessoas queridas;
  4. dificuldade de concentração;
  5. queda de energia;
  6. descaso com necessidades pessoais, como sono e alimentação;
  7. sensação de ineficiência;
  8. falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
  9. alterações de humor;
  10. isolamento e mudanças de comportamento.

Qual o principal gatilho da doença?

A síndrome de burnout é causada por uma mistura de fatores pessoais e profissionais, mas muitas vezes a busca pela perfeição é o gatilho que faz desencadear a doença.

A procura por um idealismo na profissão, a superação de metas, o destaque individual dentro da empresa e a dedicação sem limites pode provocar o problema.

Como um dos principais sintomas é a irritabilidade e a falta de socialização, o burnout impacta nas relações pessoais dentro do trabalho e, por consequência, afeta o clima organizacional.

O empregado não é mais convidado pelos colegas para happy hours e outros eventos de socialização, agravando a situação de estresse e piorando o quadro de saúde.

Não raro, a organização também contribui para o aparecimento dos sintomas: o acúmulo de tarefas, a cobrança exagerada e a falta de apoio dos chefes colaboram para o desenvolvimento da síndrome de burnout. Oferecer um bom ambiente profissional favorece a prevenção de doenças relacionadas ao trabalho.

Como tratar o problema?

De difícil diagnóstico, já que a doença muitas vezes é confundida com a depressão, o burnout é reconhecido como síndrome pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que permite o afastamento do funcionário para tratamento.

A cura envolve acompanhamento com psicólogo e ingestão de medicamentos antidepressivos, que vão ajudar a superar a sensação de incapacidade e inferioridade.

No entanto, é necessária uma mudança nos padrões de comportamento. O profissional precisa relaxar, esquecer a competitividade e buscar outras fontes de prazer. Ele não vai resolver o problema se tomar remédios mas continuar com um ritmo de trabalho exagerado.

Algumas estratégias na vida pessoal podem ser incluídas pelo indivíduo para melhorar a satisfação, como reorganizar o trabalho para diminuir a carga horária e ter práticas relaxantes como dança, yoga ou lazer com os amigos. O importante é mudar o foco e desenvolver outros aspectos que tragam mais entusiasmo.

A mudança de estilo de vida, com uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos, também ajuda no combate à doença. Ter amigos no ambiente de trabalho contribui para que o ambiente torne-se mais leve e prazeroso, aliviando os sintomas.

Como a empresa é afetada?

Em um estado mais grave, o funcionário muitas vezes é obrigado a se afastar do trabalho, o que afeta diretamente os níveis de produtividade. Porém, além do absenteísmo, uma das características provocadas pela síndrome de burnout é o presenteísmo ? o empregado está no local, mas não focado na atividade.

O presenteísmo é um aspecto perigoso, pois muitas vezes a doença ainda não foi diagnosticada. Chefe e colegas de equipe acham que não há nada de errado, porém, como a concentração do funcionário é muito baixa, há uma queda na qualidade do trabalho e, dependendo da função que o profissional exerce, risco de acidentes.

Além disso, erros simples podem passar despercebidos e provocar grandes prejuízos no futuro, já que a atenção do empregado está totalmente comprometida.

O engajamento e o clima organizacional também são afetados, pois o funcionário começa a apresentar um comportamento irritadiço e de desprezo em relação aos colegas. Com isso, toda a equipe sente os impactos negativos da doença.

Agora que você já sabe o que é síndrome de burnout, como ela afeta o funcionário e a empresa, quais sintomas apresenta e como é realizado o tratamento, que tal compartilhar este post nas redes sociais? Assim, outras pessoas também poderão identificar o problema!

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