Montar um time de alta performance é o objetivo de toda empresa, o que exige a atração e a manutenção de bons candidatos na sua base de triagem. Para tanto, porém, é imprescindível ter uma marca empregadora que gere uma visão positiva na sociedade como um todo, de modo a despertar o interesse dos melhores profissionais do mercado de trabalho.
Que tipo de candidatos a sua organização está atraindo ultimamente? Fazer uma análise sobre essa questão ajuda no entendimento de como a sua marca deve se posicionar, a fim de realizar contratações que tragam efetivamente bons resultados para o profissional e, consequentemente, ao negócio.
Quer ser referência quando o assunto é o melhor lugar para se trabalhar? Neste post, conversamos com Leandro Testoni, Líder de Growth Marketing na Kenoby, e vamos explicar tudo que você precisa saber sobre marca empregadora. Confira!
O que é marca empregadora e quais são as suas características?
A marca empregadora, também chamada de employer branding, caracteriza-se como a forma que a empresa se posiciona diante dos profissionais que nela desejam trabalhar. O seu objetivo é transparecer quais são os valores e a cultura praticados na organização e é importante ressaltar que não existe uma marca empregadora certa ou errada, pois cada companhia tem características únicas.
Na prática, o employer branding reúne um conjunto de técnicas e ferramentas que, quando bem aplicadas, constroem uma percepção positiva da empresa enquanto local de trabalho, ou seja, todos buscarão trabalhar lá e construir uma carreira de sucesso e duradoura.
Isso é resultado de estratégias que dão destaque para as qualidades encontradas no ambiente externo, que vão desde oportunidades de crescimento até os benefícios concedidos.
Qual é a importância de posicionar a marca empregadora?
Para Leandro Testoni, ter uma boa marca empregadora beneficia as empresas de diferentes maneiras. Sem dúvidas, a principal delas abrange a realização do processo de recrutamento e seleção, contribuindo para a atração de talentos que apresentam culturas compatíveis e valores semelhantes aos que são pregados pela organização.
A definição adequada do employer branding funciona como uma porta da cultura da empresa para o mundo externo. Além disso, essa estratégia também é uma poderosa aliada para promover a retenção de talentos, uma vez que cada pessoa que é contratada se sente motivada e passa a se sentir também parte dessa construção.
De acordo com uma pesquisa da Robert Half, feita com 1.775 diretores de RH de 13 países diferentes, em que 100 brasileiros foram entrevistados, o Brasil aumentou o seu índice de turnover nas empresas em 82% na última década e isso está diretamente ligado à falta de motivação dos funcionários.
Com uma boa marca empregadora, a companhia não só atrai os melhores profissionais do mercado, mas também os mantêm sempre engajados, dando o melhor de si na execução das suas atividades.
Como a marca empregadora se relaciona com a qualidade dos candidatos?
A partir da definição e da construção da marca empregadora, a empresa tem mais facilidade para encontrar a pessoa certa para as vagas abertas. Isso porque, quando a organização sabe exatamente “quem é” e tem um posicionamento firme em relação às suas características, torna-se muito mais prático identificar candidatos que pensam de modo parecido e que têm os mesmos valores.
Dessa maneira, a companhia atrai e contrata profissionais com um bom fit cultural, o que contribui para aumentar a performance individual do contratado e a coletiva dentro da equipe da qual fará parte.
Sem falar que a estratégia também ajuda a formar uma base de candidatos previamente selecionados, visto que eles já apresentam as características solicitadas pela contratante, o que simplifica e agiliza os processos seletivos.
Como desenvolver a marca empregadora da sua empresa?
Em primeiro lugar, é necessário ter em mente que o employer branding é um projeto contínuo, que precisa estar sempre se adaptando às mudanças que surgem ao longo do tempo. Também é importante dizer que esse processo deve começar de dentro para fora para que realmente haja uma estrutura forte e respeitada. Veja, a seguir, quais são as dicas para desenvolver a sua marca empregadora.
Defina o Employee Value Proposition
O Employee Value Proposition (EVP) nada mais é do que a proposta de valor que a empresa oferece aos seus colaboradores — motivos pelos quais os profissionais externos querem fazer parte da organização e, depois de serem contratados, desejam permanecer nela.
Para isso, defina todas as entregas de valor feitas pela empresa, como salários, benefícios, programas de treinamento, planos de cargos, cultura organizacional, experiência de vida, investimentos em educação corporativa, entre outros elementos pertinentes ao seu tipo de negócio.
É importante checar internamente qual é o nível de satisfação com essa proposta para entender se o conjunto está adequado ou necessita de ajustes.
Monte um time diversificado
Ao montar um time específico para cuidar da marca empregadora, o ideal é dar preferência para profissionais que tenham boas interações com determinadas áreas, como Departamento de Pessoal, Atração de Talentos, Recrutamento e Seleção, Performance, Treinamento e Desenvolvimento, People Analytics, Cultura, Comunicação Interna, Compensação e Benefícios, pois é necessário avaliar toda a jornada do candidato e do colaborador na companhia.
Selecione pessoas com formações diversificadas que complementem o conhecimento umas das outras para que consigam lidar com ações estratégicas e com a construção dos diferenciais da empresa no mercado, tendo em vista que quem trabalhar nessa área terá que atuar em diferentes frentes, como eventos, experiências, desenvolvimento de programas internos e produção de conteúdo.
Contudo, mesmo que a equipe seja diversifica, prime pela coerência e pela consistência para estabelecer uma reputação sólida.
Determine métricas de acompanhamento de resultados
Para mensurar os resultados do employer branding, você pode recorrer às métricas de outros setores, como vendas e marketing, além de adotar ferramentas de funil para atrair e selecionar os candidatos. Existe, ainda, a possibilidade de se inspirar nas atividades do customer success para assegurar bons níveis de satisfação entre os colaboradores já contratados.
Na etapa de atração, é viável definir métricas, como taxa de engajamento, tempo gasto e tráfego de usuários na página de carreiras da empresa e investimentos em mídia paga. Em se tratando da etapa de conversão, a métrica mais recomendada é a de Número de Aplicações e a de Custo por Aplicação (CPA) é a mais indicada.
Já na etapa de fechamento, é interessante observar o número de contratações, o custo por contratação e a taxa de conversão, analisando o número de inscritos nas vagas e o dos contratados.
Por fim, na etapa de engajamento, é válido o uso do NPS interno, conhecido como eNPS (Employee Net Promoter Score), que mostra qual é o nível de satisfação dos funcionários e o quanto eles indicam a empresa para profissionais externos.
Invista nas experiências do candidato e do colaborador
Com base na missão, na visão e nos valores da companhia, é preciso criar experiências que sejam positivas e inesquecíveis, tanto para o candidato à vaga quanto para o colaborador. Assim sendo, a primeira coisa a se fazer é descobrir qual é a persona dos candidatos e colaboradores, descrevendo como são, o que pensam, como agem profissionalmente e quais são os seus objetivos.
Na sequência, estude a jornada do candidato e do colaborador dentro da empresa, apontando quais são as fases pelas quais eles passam, como contatam a companhia, quais são as suas dores e as preocupações e até mesmo quais sãs as equipes com as quais interagem. A partir daí, será possível criar ações que atendam às necessidades do seu público interno e do externo, fazendo com que criem um vínculo com a marca.
Como o Método Saga auxilia nesse processo?
A implementação do Método Saga permite o desenvolvimento de uma marca empregadora que transmita a verdadeira realidade do que é a empresa, ajudando a fortalecer a sua estrutura de dentro para fora. Com ele, você entende os objetivos do negócio e, a partir daí, traça estratégias que são mais precisas para a atração e para a manutenção dos melhores profissionais do mercado.
Portanto, o recurso traz uma visão ampla de todo o negócio em termos de lugar para trabalhar. Dessa maneira, é viável identificar erros e acertos para criar um ambiente que favoreça o desenvolvimento dos colaboradores e a satisfação com a contratante. Quanto aos candidatos, a ferramenta torna os processos seletivos mais atrativos, interessantes e valiosos, de modo que o profissional tem uma boa imagem da organização desde o primeiro contato.
A construção e a manutenção de uma boa marca empregadora, que está em harmonia com o seu contexto e com o seu objetivo, faz toda a diferença para o sucesso do negócio, uma vez que a visão positiva dos candidatos e dos colaboradores já atuantes também reflete no seu público consumidor, tornando ambos fiéis aos seus serviços e agentes divulgadores da marca.
Quer construir uma marca empregadora bem-sucedida? Veja como isso é possível com o Método Saga!